A liberdade religiosa deve ser unclusiva,independentemente dos dogmas,doutrinas e liturgia.
Liberdade religiosa é um dos assuntos de grande relevância para os adventistas.Quanto a igreja ainda estava em seu período formativo,uma forte ameaça levou os pioneiros a dar importância a esse tema.Naqueles tempos,surgiram líderes que lutaram bravamente para defender e proteger as liberdades de consciência de culto.Além disso,como resultado dessa luta,surgiu a International Religious Liberty Association (Associação Internacional de Liberdade Religiosa),a mais antiga entidade mundial organizada para defender e proteger a liberdade religiosa.
No Brasil,o primeiro esforço surgiu em setembo de 1936,quando os adventistas estabeleceram uma comissão consultiva com a responsabilidade de atuar em situações de intolerância religiosa.Esse comitê de oito membros era composto por representates das diversas instituições adventistas brasileiras e se reunia somente quando alguma pauta exigia atenção.Posteriormente,em 1951,um direitor de liberdade religiosa foi designado para atuar em tempo integral,atendendo todo o território nacional.Domingos Peixoto da Silva foi escolhido e dedicou-se a essa função até 1970,ano de sua aposentadoria.
Desde então,os adventistas sempre tiveram alguém designado para resonder por essa importante atividade no país.
Os diretores que se ssucederam nessa área ao longo dos anos trabalharam intensamente para garantir aos membros da igreja a possiblidade de viver em harmonia com suas crenças,com as leis do país e em paz com as comunidades em que estão inseridos.Tendo como fundamento uma liberdade religiosa inclusiva,defendem que ela é para todos,independentemente dos dogmas,doutrinas e liturgia,pois sua defesa sempre é do direito de crer e não dos conteúdps de suas crenças.Assumem claramente que todas as pessoas têm o sagrado direito de escolher sua própria religião ou mesmo de não se filiar a nenhuma organização religiosa.
Com uma compreensão fundamentada na Bíblia,a Igreja Adventista desenvolveu uma relação positiva e respeitosa com os poderes constituídos.Possuidores de um perfil distintivo,os adventistas,como grupo minoritário,se esforçam para demonstrar sua relevância e cooperar com as autoridades.Ao mesmo tempo,reconhecem que não estão sozinhos nessa luta e buscam estabelecer laços com outra entidades civis e religiosas,a fim de ampliar sua influência.Essa atitude jamais deve ser confundida com ecumenismo,posição rejeitada pelos adventistas.
Para desenvolver e coordenar suas ações,os adventistas se empenham em proteger,promover e defender a liberdade religiosa.Os programas incluem a capacitação de lideranças,a realização de encontros,congressos e simpósios e a formação de fóruns regionais com o objetivo de desenvolver uma agenda pró-ativa de relacionamentos e uma atuação destacada em apoio a vítimas de intlerância religiosa.Além disso,o acompanhamento e a interação com as comisses nas casas legislativas têm com propósito assegurar que as leis garantam os diversos aspectos da liberdade religiosa.
É com muito prazer que a Igreja Adventista produziu esta revista com o objetivo de destacar seu compromisso com um tema importante para toda a sociedade.Nas páginas seguintes você encontrará de maneira mais aprofundada o compromisso e as realizações dos adventistas em favor da liberdade religiosa.É nosso desejo que você desfrute desta leitura e se junte a nós nessa luta desafiadora de garantir para todos os direitos à liberdade de pensamento,consciência e religião.
Helio Carnassale,mestre em Ciências da Religião,é diretor do departamento de Liberdade Religiosa da Igreja Adventista para a América do Sul